50% dos homens com mais de 40 anos agora podem ter acesso a um tratamento eficaz!
A disfunção erétil (DE) ocorre quando o homem não consegue ter ou manter uma ereção firme o suficiente para a relação sexual. Não é incomum, uma vez que acomete mais de 50% dos homens entre 40 e 70 anos.
Muitas vezes, o homem com DE tem dificuldade de consultar seu médico e desde a descoberta de um tratamento medicamentosos eficaz, no fim dos anos 90 , muitos pacientes passaram a se automedicar sem buscar uma especialista na tentativa de reverter seu problema ou mesmo de tratamentos mais adequados para a as reais características dos sintomas.
Os principais problemas médicos relacionados e disfunção erétil estão ligados a alterações no fluxo de sangue para o pênis, causas hormonais ou problemas com a inervação.
Obesidade, pressão alta, diabetes e colesterol elevado, fazem parte de uma síndrome metabólica que pode, ao longo do tempo comprometer a chegada de sangue para o pênis, bem como sua inervação. É muitas vezes a própria DE pode ser o sintoma inicial de doenças sistêmicas como a aterosclerose. Da mesma forma, também entendemos que a melhora da qualidade de vida, diminuição do stress , exercícios físicos , perda de peso e dieta equilibrada podem ter uma ação positiva sobre estas alterações sistêmicas e consequentemente sobre a ereção.
Outras doenças como o Parkinson, a esclerose múltipla e doença de Peyronie, podem também ser causa de disfunção erétil. A deficiência de testosterona, principal hormônio sexual masculino, está comumente relacionada e uma adequada avaliação hormonal deve ser realizada sempre que necessária.
É muito comum também a ocorrência da disfunção erétil após tratamento cirúrgico, em especial a cirurgia de remoção da próstata.
Uma série de medicamentos podem também contribuir para o desenvolvimento do problema. Drogas para controle da pressão arterial, alguns medicamentos para o coração, antidepressivos e alguns quimioterápicos podem ser causa de disfunção erétil. Tudo isso, sem considerarmos as inúmeras causas psicológicas.
Dessa forma, é extremamente importante que diante da dificuldade de ter ou manter uma firme ereção, o homem procure o urologista e faça uma completa avaliação dessas causas. O diagnóstico correto em uma fase inicial torna o tratamento mais fácil e eficiente.
Imagine que o tecido erétil, formando o interior dos corpos cavernosos é uma “esponja” formada por múltiplas pequenas lacunas que se enchem de sangue provocando a expansão do pênis e a rigidez peniana adequada para uma penetração.
Todo este processo sendo mediado por estímulos do sistema nervoso e a liberação de substâncias específicas dentro deste tecido, levando a uma dilatação e enchimento sanguíneo.
Estas lacunas dos corpos cavernosos são revertidas por células endoteliais, semelhantes aquelas que revestem os vasos sanguíneos. Por isso, podem sofrer influências de doenças sistêmicas como a aterosesclerose.
Hoje, consideramos que a DE pode ser um sintoma inicial de doenças cardio-vasculares e uma adequada investigação deve ser feita em pacientes com fatores de risco.
Por ter uma causa multifatorial a DE pode ser manuseada de diversas formas.
Em geral a abordagem inicial começa com o uso do tratamento oral, que pode e deve ser associado a mudanças na qualidade de vida e manipulação de condições sistêmicas.
O apoio da terapia psicológica pode ser iniciado a qualquer momento, de forma isolada ou em associação como outros tratamentos.
Pacientes que não respondem a terapia medicamentosa podemos tentar o uso de drogas que atual diretamente no corpo cavernoso através de injeções intra-uretrais ou diretamente no corpo cavernoso.
Recentemente, começa a surgir a possibilidade de terapêuticas que possam regenerar a qualidade do tecido cavernosos, principalmente em pacientes que não possam utilizar a terapia medicamentosa ou que tenham uma resposta inadequada a mesma.
Desta forma, seria possível tratar diretamente um dos aspectos da DE (a má qualidade do tecido erétil) e não apenas tratar a DE como sintoma apenas. Para casos de DE severa ou refratária aos tratamentos citados, o implante de próteses penianas passa a ser a opção definitiva para a recuperação da qualidade da atividade sexual destas pacientes.
É importante salientar que o tratamento da disfunção erétil não apresenta um regra pré-estabelecida em relação a sequência de opções a ser utilizada e deve na verdade ser desenhada para cada indivíduo, dentro de preceitos que hoje de definimos como MEDICINA PERSONALIZADA.
Profissionais da Psicologia devem estar a disposição e trabalhar conjuntamente com a equipe de Urologia no manejo de pacientes com disfunção erétil.
A abordagem multidisciplinar é fundamental para o entendimento do paciente sobre seu problema, adesão ao tratamento, e muitas vezes pode agir diretamente na causa do início ou da manutenção de diversos sintomas relacionados à sexualidade humana.